Essencialismo
NOTA AO LEITOR
Eu não sou crítico de livros nem tenho formação para tal. Gosto de falar sobre livros,
sobre os pontos que chamam a minha atenção e como utilizo os conhecimentos no meu dia a dia.
Ler o livro Essencialismo: A disciplinada busca por menos foi umas das melhores coisas que eu já fiz para a minha vida pessoal e profissional. Já tem algum tempo que eu venho reparando como as pessoas trabalham e lidam com suas atividades diárias, inclusive as minhas também, e pensava: será que tem que ser assim mesmo? Não tem outro jeito não? Ler o livro me ajudou a tentar novas formas de lidar com as coisas do dia a dia. Eu não buscava uma forma de aumentar a minha produtividade, buscava primeiramente uma maneira de manter a minha sanidade mental e de quebra achar uma forma de fazer poucas coisas com excelência e gerar um resultado melhor e maior.
De início o livro traz a seguinte frase: “Se você não escolher suas prioridades, alguém vai escolher por você”. Para mim, essa frase é fundamental, você tem que parar e ler, entender e praticar. Praticar com o Whatsapp, com a sua agenda, com o uso da rede social, com seu email, com a ferramenta de chat da empresa só para listar alguns lugares.
O autor fala que você precisa mudar a sua forma de pensar e defende que fazer menos, porém melhor, é o caminho para maximizar impacto e significado. Em vez de tentar fazer tudo e dizer sim para todos que te pedem coisas, o pessoa essencialista identifica o que realmente importa. A partir disso, elimina o que não é essencial e foca em executar com excelência o que tem real valor. Essa filosofia se apoia em três pilares principais: Explorar , Eliminar e Executar.
Explorar
SE NÃO
ESTABELECERMOS
PROIORIDADES,
ALGUÉM FARÁ
ISSO POR NÓS.
Explorar é o primeiro passo da mentalidade essencialista. Significa sair do modo automático e investir tempo para entender o que realmente importa. É um processo de observação intencional e reflexão profunda, que exige criar espaço mental e físico para pensar com clareza e questionar prioridades. No dia a dia acelerado dos profissionais de tecnologia, isso implica parar um pouco para analisar quais projetos geram maior impacto, identificar tarefas que apenas simulam produtividade e reconhecer o que verdadeiramente diferencia seu trabalho dentro do time. Na prática, explorar envolve reservar tempo na agenda só para pensar, é jovem pesar, fazer perguntas certas, como “se eu pudesse fazer apenas uma coisa hoje, o que seria?”; e cultivar curiosidade ativa antes de agir. Esse processo evita que escolhas importantes sejam feitas no piloto automático ou por pressões externas. Como diz o autor “Se você não escolher suas prioridades, alguém vai escolher por você.” Essa clareza inicial é a base para eliminar o supérfluo e executar com propósito.
Eliminar
ELIMINAR É DIZER
NÃO PARA O BOM,
PARA TER ESPAÇO PARA O ÓTIMO.
Após identificar o que realmente é essencial, o passo seguinte é eliminar conscientemente tudo aquilo que não contribui para seus objetivos. Embora pareça simples, eliminar é um dos maiores desafios do essencialismo, já que vivemos em uma cultura que valoriza agradar os outros, acumular tarefas e responder prontamente a todas as demandas como: zapzap, email, chat, etc… Dizer “não” pode parecer rude ou improdutivo, mas, segundo o autor, é justamente esse ato de negação que abre espaço para a excelência e o real impacto. Eliminar exige coragem e clareza. Isso envolve rejeitar convites que desviam o foco, encerrar projetos irrelevantes e delegar ou automatizar tarefas de baixo valor. O autor propõe técnicas práticas para ajudar nesse processo, como adotar um critério extremo de decisão; só dizer “sim” ao que for um “sim óbvio”; estabelecer limites visíveis de tempo e desenvolver a habilidade de recusar com respeito e firmeza. No dia a dia de empresas de tecnologia, eliminar pode significar descontinuar projetos sem propósito claro, reduzir ferramentas redundantes e abandonar o microgerenciamento, favorecendo a autonomia das equipes. Como afirma o autor: “Eliminar é dizer não para o bom, para ter espaço para o ótimo.”
Executar
ESSENCIALISTAS NÃO TENTAM FAZER MAIS COISAS
EM MENOS TEMPO.
ELES FAZEM SÓ AS COISAS CERTAS.
O terceiro pilar do essencialismo é a execução, mas não qualquer execução. Trata-se de agir com foco absoluto no que realmente importa, com consistência e sustentabilidade. Ao contrário da cultura da pressa, a pessoa essencialista busca um ritmo constante e intencional, evitando desperdícios de energia e esforço. O segredo está em reduzir fricções, simplificar rotinas e operar com clareza, garantindo que cada ação esteja alinhada com os objetivos centrais. O autor ainda propõe práticas como automatizar decisões repetitivas, avançar diariamente com um progresso mínimo viável (MVP) e manter atenção plena em uma tarefa por vez. No contexto de gestores e times de tecnologia, isso significa evitar multitarefa, organizar blocos de tempo para trabalho profundo na agenda, reduzir reuniões improdutivas e prezar pela qualidade mesmo que com menos volume. Ferramentas como checklists visuais, limites de trabalho em andamento (WIP) e ciclos curtos de feedback ajudam a manter a execução alinhada com a filosofia essencialista, fazer menos, porém melhor. Em resumo, “essencialistas não tentam fazer mais coisas em menos tempo; eles fazem só as coisas certas.”
Conclusão
O livro Essencialismo: A disciplinada busca por menos, me ajudou muito a mudar a forma como encaro minhas tarefas e decisões diárias. A estrutura dada ”explorar, eliminar e executar” oferece um caminho claro para viver com mais foco e intenção. Aprendi a sair do modo automático e reservar tempo para refletir sobre o que realmente gera impacto. Isso me faz buscar clareza das coisas antes de agir, em vez de reagir às urgências impostas pelo ambiente. Em vez de abraçar todas as oportunidades ou demandas, passei a identificar o que é essencial e a construir a minha rotina de forma mais estratégica.
O livro também me deu força para adotar pensamentos que eu já vinha questionando internamente, como o modelo da produtividade baseada em volume. Eliminar tarefas, compromissos e projetos que não contribuem de forma significativa passou a ser um exercício consciente e libertador, eu diria. Ao fazer as coisas com mais intenção e menos pressa, percebi que não se trata de fazer tudo, mas de fazer o que importa com consistência e qualidade.
Minha nota: ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐
Abraços!
Vida longa e próspera a todos!!
Referências
- Essencialismo: A disciplinada busca por menos
- Alguns livros de referência para este blog Na pilha de livros
- Alguns artigos que ajudam montar o meu pensamento técnico Na pilha de papel
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