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Image: Infra as Code

                          	    NOTA AO LEITOR
Eu não sou crítico de livros nem tenho formação para tal. Gosto de falar sobre livros,
sobre os pontos que chamam a minha atenção e como utilizo os conhecimentos no meu dia a dia.

Esse é um dos meus livros mais queridos e é o lugar onde eu sempre volto para relembrar técnicas e procedimentos do meu trabalho e da cultura DevOps o que são basicamente a mesma coisa 🙂 🙂.

Fruto de uma pesquisa de um estudo de quatro anos sobre a performance de equipes de entrega de software. A pesquisa DORA foi realizada com mais de 20.000 equipes de software, de empresas de todos os tamanhos e setores. Os autores coletaram dados sobre uma variedade de fatores, incluindo a frequência de “deploys”, os tempos gastos em cada ciclo, a disponibilidade e a satisfação do cliente esses pontos se tornaram o que hoje chamamos de 4 Key metrics.

Ao utilizar o 4 Key Metrics do modelo DORA (DevOps Research and Assessment) como um modelo de referências de entrega e velocidade pode trazer diversos benefícios para para seus times e para a sua empresa, vejamos alguns deles:

  • Velocidade de entrega - Ao aumentar a velocidade de implantação de código novo em produção a empresa pode entregar valor mais rapidamente aos seus produtos e clientes.
  • Qualidade e confiabilidade - Ao adotar o princípios do 4 Key Metrics, os times implementam práticas de desenvolvimento mais rigorosas, incluindo automação de testes, integração contínua, e técnicas de entrega código confiável, isso resulta em um software de maior qualidade.
  • Redução de Custos Operacionais Implementando processos mais eficientes, resulta em menos retrabalho e menor taxa de falha, resulta em custos operacionais mais baixos.

Do ponto de vista de gestão de equipes, para mim essa é o melhor benefício,

  • Cultura de melhoria Contínua - Adotando o modelo 4 Key Metrics, promovesse uma cultura de melhoria contínua. Os times são incentivados a buscar por pontos de otimização e implementar práticas que resultem em um ciclo de entrega mais eficiente, é legal d+ ver o desenvolver de uma espriral de melhoria contínua dos times de infraestrutura e de desenvolvimento trabalhando em conjunto.

O livro se divide em três partes: Parte I, Resultados, Parte II Metodologia e Parte III Transformação. Eu já li e reli várias vezes em diversas ordens mas para quem está no papel de gerente de equipe de desenvolvimento recomendo muito os capítulos 7, 10 e 16 que são “Management Practice for Software”, “Employee Satisfaction, Identity and Engagement” e “High-performance Leadership and Management” respectivamente. Para quem exerce um papel de técnico recomendo todos os outros capítulos 🙂 e ainda destaco as partes que mais gostei.

Os autores apresentam a alma do livro como a importância da medição de desempenho e apresentam os quatro indicadores-chave de desempenho (KPIs) que eles descobriram neste estudo, são eles: Deployment frequency: O número de mudanças feitas em um sistema durante um ciclo de vida. Lead time for changes: O tempo que leva para fazer uma mudança em um sistema e colocá-la em produção. Change failure rate: O percentual de tempo em que um sistema está disponível para uso. Mean time to recoveryBookmark: Tempo médio entre uma falha e a recuperação total, seja devido a uma alteração no código ou qualquer outra coisa.

Para trilhar o caminho e tentar chegar nos indicadores chaves as equipes técnicas precisam trabalhar, adotar ferramentas e metodologias que ajudem chegar nos seguintes conceitos:

  • Velocidade e Estabilidade: As equipes precisam encontrar o meio-termo entre entregar rapidamente novas funcionalidades e manter a estabilidade do sistema. É crucial para evitar comprometer a confiabilidade em busca de inovação.

  • Padronização e Automação: Ao padronizar processos e automatizá-los sempre que possível, as equipes garantem consistência e minimizam erros humanos. Isso leva a uma maior eficiência operacional e confiabilidade do sistema.

  • Entrega Contínua e Integração Contínua: Essas práticas enfatizam a automação do processo de desenvolvimento, permitindo a entrega de pequenas atualizações de forma constante. Isso reduz o risco de falhas e acelera o ciclo de desenvolvimento.

Ainda na trilha alcançar os indicadores chaves as pessoas das equipes gestão devem olhar para os conceitos de:

  • Cultura de Aprendizado e Melhoria Contínua: Promover uma cultura que valorize a aprendizagem e a busca constante pela excelência impulsiona a inovação e a adaptação às mudanças, resultando em equipes mais produtivas e sistemas mais avançados.

  • Liderança Transformacional: Uma liderança que inspira colaboração, inovação e solução de problemas cria um ambiente propício para a excelência e a realização de objetivos ambiciosos.

  • Arquitetura Bem Planejada: Uma arquitetura sólida é a base para manter a agilidade e a escalabilidade do desenvolvimento. Uma estrutura bem concebida facilita a implementação eficiente de novas funcionalidades e a manutenção do sistema a longo prazo.

Tentei dar uma visão técnica e uma visão mais gerencial a partir das minhas notas do livro, hoje acho muito importante fazer essa distinção pois acredito bastante que pode fazer muita diferença uma pessoa que fomente que as equipes desbravem novos caminhos. No dia a dia as duas coisas precisam andar juntas e misturadas. 👍

Minha nota: ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐

Abraços!

Vida longa e próspera a todos!!

Referências


Eu adoraria ouvir outras histórias e percepções em relação a este livro, você pode me encontrar em @infraascode_br ou linkedin.com/in/leonardoml/.

Te convido a ver os outros posts do blog Infra-as-Code garanto que tem coisas legais lá!!


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As opiniões aqui expressas são pessoais e de responsabilidade única e exclusiva do autor, elas não refletem necessariamente a posição das empresas que eu trabalho(ei) e/ou presto(ei) serviço.